quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

No meu funeral.


                Várias pessoas preocupam-se em vida com aquilo que vão dizer no seu funeral e então tentam sempre fazer boas acções, se ainda tiverem tempo. Eu em verdade digo que gosto de funerais e acho bem engraçados.
                Acho engraçado os enterros porque no dia antes de morrer o tipo até podia ser um péssimo exemplo mas de repente, do dia para a noite, morre e a pessoa que até disse que aquele indivíduo era um mau exemplo vai ao seu funeral dizer coitadinho e outras lamechices (que lá no fundo era um anjinho), etc. Como se tudo fosse esquecido. A conclusão que tiro é que posso pecar (fazer maldades) e realmente posso porque no dia do meu funeral tudo será esquecido e eu passo de filho preferido do Diabo para a famosa colecção de Anjinhos.
                Isto tudo para dizer que a maior parte de nós esquece com uma facilidade tremenda os defeitos dos outros quando já estão mortos, em vez de ser enquanto estão em vida. Eu no meu funeral a única coisa que gostava que dissessem era:
                - Olha, olha, está a mexer-se!
Até sou um tipo pouco exigente, uns pedem para lhe chamarmos santos, eu só peço isto.
JAM       

2 comentários:

Anônimo disse...

É verdade no dia do funeral ouve-se: "coitado era tão boa pessoa. Defeitos? Olha quem os não tem!". Ouvem-se uns aos outros, claro. Quem devia escutar o que não lhe disseram em vida já não ouve. Acho eu!!!

JNA disse...

Bela lição! Se amanhã, quando perante a primeira pessoa que gostariamos de insultar dissessemos antes algo de bom, não faria a pessoa "MORRER" de surpresa?
Podemos experimentar?

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